domingo, 26 de junho de 2011

Novo Ciclo



Auto-epitáfio


Como uma flor de lótus que se abre a cada mil anos. Somente uma vez...
Sua angústia havia cessado,
Espelhando sua dor à volta. Algo, algo que corrói...
De seus lábios retirei o veneno, que lhe cedeu seu próprio o descanso,
Em seu corpo pode-se sentir que tudo mudou, as flores, agora murchas, deixaram o perfume, o aroma da despedida.
Gostaria de passar o que colhi, mas sinto vê-lo colher. Mãos leves agora repousam esculpidas.
Os olhos, sentimentais, se fecharam para o mundo, esperando que nasçam olhos vívidos talvez de esperança.
Enquanto o corpo repousa, a mente caminha sem direção em busca de um novo, um  recomeço, talvez.
Um recomeço mais belo, mais puro, mais claro...
Sinto não poder ver mais o que pude ver ontem, pois ontem morreu para hoje, como hoje não nascerá amanha.