domingo, 7 de agosto de 2011

Talvez um conto de fadas...

“– Por que a lua? – pergunta o jovem com roupas de gênero antigo, cheia de remendos e carcomida pela ação da natureza – por que tens tanta ligação com aquele astro, que resplandece tão distante que quase não se pode ver o brilho que reflete do grande astro, o Sol?! – reforça o espantalho fitando o pequeno urso todo sujo e rasgado, mostrando sua condição de abandono.
– A Lua aparece somente quando perdemos o Sol. Quando perdemos seu calor... – diz confiante o ursinho arrancando um pedaço de algodão do buraco que se encontra onde deveria haver um olho de vidro brilhante – E se tu sentes a perda de algo, se assemelha com a lua, que nunca poderá ser vista senão como a fria ausência alegre do astro que antecede sua chegada... – continuou o pequeno levando sua mão aos olhos dos espantalho, e com o pedaço de algodão limpando a gota que teimava a descer sob seu rosto de abóbora...”



Gosto de contos de fadas! Tenho vontade de escrever um, no qual criticaria a felicidade abortada com que a sociedade procura.
Um conto que não que voe além de pequenos detalhes, nada que ultrapasse a simplicidade de uma extraordinária busca incessante por algo... Uma busca incessante pelo horizonte. Um horizonte que vai além de grandes barreiras. grandes montanhas!

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